quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pixar detalha as histórias de Toy Story 3 e de Carros 2


A Disney está realizando esta semana em Anaheim a convenção D23, e dois vídeos de Toy Story 3 foram exibidos ao público, apresentando um novo personagem, Mr. Pricklepants (traduzindo: Sr. Calças Pinicantes). Além disso, John Lasseter falou mais da história de Carros 2.

O personagem dublado por Timothy Dalton no terceiro filme da série é descrito como um brinquedo de porco-espinho afetado que usa roupa de tirolês (aquele shorts com suspensório). A Empire assistiu ao teste de animação e a um teaser, e descreve:

"Mr. Pricklepants é fofinho, de um jeito espinhoso. Já o clipe mostra Andy fazendo suas malas para a faculdade e jogando todos os seus brinquedos em uma mala que ele guarda no porão. Ele hesita em guardar Woody e Buzz e acaba colocando Woody no meio das coisas que vai levar para a faculdade. Mas todos os brinquedos entram em pânico - especialmente Woody, que se preocupa com seus amigos. Quando Andy se distrai com sua irmã menor e acaba deixando a mala no chão, a mãe dele acaba levando para o quintal e o caminhão do lixo rapidamente se aproxima. Os brinquedos acabam parando em uma creche, onde são horrivelmente abusados por crianças pequenas - e depois disso é hora de tentar achar um novo dono e sobreviver."

A seguir, Lasseter falou da história da continuação de Carros. Relâmpago McQueen e sua equipe, que inclui o guincho caipira Mate, viajam pela Ásia e pela Europa para a Corrida dos Campeões, que se passa em cinco países e envolve campeões de modalidades distintas, como a Fórmula 1 e os ralis. Começam com uma corrida em Tóquio, no Monte Fuji até o centro da cidade, depois na Floresta Negra, na Alemanha, seguindo para uma pista na Itália similar a Monte Carlo, depois uma prova de 24 horas em Paris (como a famosa Le Mans) e finalmente chegando ao clímax em Londres, próximo ao Palácio de Buckingham.

Enquanto isso, Mate se envolve num mistério de troca de identidades, salva a vida de um espião britânico similar a um Aston Martin (o carro oficial de James Bond) e, enfim, acaba no meio de uma trama de espionagem. Parece que o coadjuvante cômico terá uma presença ainda maior em Carros 2.

O diretor Lee Unkrich (que co-assinou o segundo Toy Story e Procurando Nemo) é o responsável por Toy Story 3, que estreia mundialmente em 18 de junho de 2010.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Série de TV em live-action de Star Wars tem novidades


Steve Sansweet, diretor de relações com os fãs da LucasFilm, esteve na convenção Dragon Con, nos EUA, onde falou sobre a série de televisão em live-action de Star Wars. O site Examiner passou por lá e publicou as - parcas - novidades sobre o seriado.

Segundo Sansweet, a pré-produção do programa começará em breve e seguirá durante 2010, para filmagens em 2011. A ideia é colocar a série no ar no final de 2011 ou em 2012 (2 anos além do esperado) - e o formato foi mais uma vez confirmado como episódios semanais de 1 hora de duração. Os escritores estão trabalhando há algum tempo e a história permanece um segredo da equipe de roteiristas, George Lucas e o produtor Rick McCallum.

Sansweet também comentou que nenhum contrato foi fechado ainda com relação a elenco, mas respondeu uma pergunta de fã na plateia, dizendo que alguns anos atrás, Rick McCallum comentou que estava considerando Daniel Logan - o garoto que viveu Boba Fett na nova trilogia - para reprisar o papel na TV. Apesar do retorno estar longe de garantido, aparentemente há conversas em curso nesse sentido.

A série com elenco real se passará entre os Episódios III e IV da hexalogia - quem não foi morto pelo nascente Império está começando a montar a Aliança Rebelde para tentar derrubar os Sith Darth Vader e Palpatine. Lucas promete mostrar mais ações marginais do que as tramas dos personagens principais da saga.

Vejam a capa da revista nº14 da Turma da Mônica Jovem


Foi divulgada a capa da edição 14 da revista da Turma da Mônica Jovem, com a segunda parte da aventura dos personagens no jogo online World of Animecraft (uma paródia ao jogo online World of Warcraft).

Nessa história, cheia de referências ao mundo dos animês, Cebola e a misteriosa Lucília vão em busca da Arma Final para vencerem o jogo. Mas quem será essa Lucília? Tenho minhas suspeitas de que seja a Mô... rs

Turma da Mônica Jovem nº14 está prevista para chegar às bancas no final deste mês pela Editora Panini, e essa história conta com roteiro de Petra Leão e Marcelo Cassaro.

Apple lança novos iPod


Em evento nesta quarta-feira no Yerba Buena Cultural Center em San Francisco, na Califórnia, a Apple anunciou sua tradicional atualização de sua popular linha de media players, os iPod. O evento foi apresentado por Steve Jobs, em sua primeira aparição pública após um transplante de fígado.

Ainda com aparência frágil, Jobs tomou alguns minutos para agradecer ao "jovem de 20 e poucos anos", vítima de um acidente de carro, que tomou a decisão de se tornar um doador de órgãos e como consequência salvou sua vida. "Não estaria aqui sem tamanha generosidade. Espero que todos possam ser tão generosos quanto, e decidam se tornar doadores de órgãos". Visivelmente emocionado, o executivo foi ovacionado pela platéia de jornalistas presentes.

O primeiro anúncio do dia foi uma nova versão do sistema operacional usado no iPhone e iPod Touch, o iPhone OS. Disponível gratuitamente a partir de hoje para todos os usuários da versão 3.0, a 3.1 traz melhorias na tecnologia "Genius", que analisa as músicas em sua coleção e monta automaticamente listas de reprodução com as canções que mais "combinam". Agora o recurso também funciona com aplicativos, com recomendações de novos programas baseado nos que você já tem instalados em seu aparelho.

O "gerenciador de mídia" da Apple iTunes chega à versão 9 (já disponível para download) com recursos como o "Genius Mixes", uma espécie de DJ Virtual que analisa sua coleção de músicas e, usando o já mencionado recurso Genius, cria playlists "infinitas" baseadas em suas canções favoritas. É como ter uma estação de rádio sob medida para seu gosto pessoal, e até 12 mixes podem ser criados.

Também há melhorias no sistema de sincronia de dados com iPods e iPhones. Agora é possível refinar a seleção de músicas por gênero (só rock, todas de um artista específico), bem como sincronizar álbuns inteiros, todas as fotos de determinada pessoa no iPhoto ou eventos inteiros. A mesma coisa pode ser feita com filmes.

Uma novidade muito bem vinda é uma forma de organizar, no micro, os aplicativos instalados no iPhone e iPod Touch. Uma representação da "Home Screen" (tela inicial) do aparelho aparece na tela, e basta arrastar e soltar os ícones para a posição desejada. Outro recurso interessante é o Home Sharing, que permite compartilhar e copiar arquivos de sua iTunes Library, incluindo musicas e filmes comprados na iTunes Store, com até 5 outros computadores "autorizados"

Por fim, o novo iTunes LP é a versão Apple do velho disco de vinil. É um "pacote" que contém, além das músicas de um álbum, material adicional como ilustrações e fotos, letras e tudo o mais que costumava vir nos antigos encartes, agora com recursos extras como vídeos exclusivos. Segundo a Apple, o próprios artistas se envolvem na criação dos "LPs". O mesmo conceito se aplica aos filmes, com o "iTunes Extras", que leva todos os extras normalmente inclusos em um DVD, como making-of e comentários do diretor, para a loja da Apple.

Segundo a Apple, desde o lançamento do primeiro iPod, em 2001, 220 milhões de unidades dos aparelhos já foram vendidas em todo o mundo. Na linha atual o iPod Touch é o modelo mais popular, com 20 milhões de unidades vendidas desde sua introdução há dois anos.

Phil Schiller, que dividiu o palco com Steve Jobs, afirmou que as pessoas estão descobrindo que, além de um bom media player, o iPod Touch também é um "excelente computador de mão", equipado com um navegador (Safari) que leva para o bolso a mesma experiência de acessar a web em um desktop, e um bom videogame portátil: atualmente estão disponíveis mais de 21 mil jogos para o aparelho (e para o iPhone), contra cerca de 600 para o Playstation Portable e pouco mais de 3.600 para o Nintendo DS.

De acordo com Schiller, a Apple "aprendeu algumas coisas" vendendo iPods ao longo dos últimos anos. Uma delas é que o preço de US$ 199 é o "ponto mágico". "Quando colocamos o iPod Mini à venda por US$ 199, as vendas dobraram", disse o executivo. Portanto, este é o novo preço do iPod Touch 8GB, uma queda de US$ 50 em relação ao preço praticado até hoje. Um novo modelo, com recursos idênticos mas 64 GB de memória interna, também foi anunciado com preço de US$ 399.

O iPod "classic", nome dado aos modelos que ainda seguem o design original, com disco rígido para armazenamento das músicas e sem tela sensível ao toque, também foi atualizado. A capacidade pulou de 120 GB para 160 GB (suficiente para "40 mil músicas", mantendo o mesmo tamanho e formato do aparelho, com preço de US$ 249.

O iPod Shuffle, que havia sido atualizado em Março, não mudou, mas ganha uma nova linha de acessórios, inclusive vários modelos de fones de ouvido, produzidos por vários fabricantes, com controles integrados no cabo dos fones de ouvido. Algo essencial, já que o Shuffle não tem nenhum tipo de botão: ele é totalmente controlado pelos fones, e se comunica com o usuário através de uma voz sintetizada. Os preços cairam para US$ 59 pelo modelo de 2 GB, US$ 79 pelo modelo de 4 GB, e US$ 99 por uma "edição especial" com corpo em aço inox e 4 GB de capacidade.

Confirmando rumores, a Apple anunciou uma nova versão do iPod Nano (do qual até o momento já foram vendidos 100 milhões de unidades), com 8 GB de memória Flash e equipada com uma câmera de vídeo e alto-falante integrados.

Os vídeos, que tem resolução VGA (640 x 480 pixels) a 30 quadros por segundo, podem ser sincronizados com o PC ou Mac e descarregados em uma pasta no micro ou integrados a coleções do iPhoto. O aparelho também ganhou rádio FM integrado e o recurso "Voice Over" do iPod Shuffle, que permite que o aparelho fale com o usuário.

Os preços ficam em $149 pelo modelo de 8 GB, US$ 179 pelo modelo de 16GB. Segundo Jobs, os novos iPod Shuffle estarão nas lojas, nos EUA, a partir de hoje. Ainda não há informações sobre o lançamento dos novos produtos no Brasil.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Up - Altas Aventuras


Fonte: Omelete.com.br (versão revisada e corrigida)

Pode parecer exagerado, mas "Up - Altas Aventuras" é o "Wall-E" deste ano. É também uma virada de mesa para a Pixar, que apresenta desta vez uma animação sem grandes malabarismos técnicos, com uma história quase lacrimogênea que lembra os clássicos da Disney. Mas a conversa com o diretor Pete Docter revela o que há por detrás da história aparentemente banal de um velhinho viúvo que decide partir para a Amazônia brasileira munido apenas de boa-fé, sua casa (inteira) e milhares de balões.

Ao lado do insuportavelmente hilário menino Russell, o Sr. Carl Friedrickson enfrenta cachorros com vozes de Darth Vader (bem, mais ou menos) e perigos inimagináveis no topo da Amazônia (mais precisamente no platô das montanhas que marcam a divisa entre Roraima/Brasil, Venezuela e Guiana) para descobrir que sua vida foi um festival de maravilhas. Imagens fortes, de dor, perda, ataques e grandes perigos, especialmente quando voando pelos 2 lados da América, levam "Up" ao limite que fizeram a animação conquistar uma bilheteria de US$ 290 milhões nos cinemas dos Estados Unidos.

Seguem os melhores trechos da conversa com Docter, que fala até das (poucas) semelhanças da aventura do senhor Friedrickson com o padre Adeli de Carli, que morreu no ano passado depois de tentar viajar pelo Brasil sentado em uma cadeira com balões amarrados. "Não tentem isso em casa!", avisam os responsáveis pelo delicioso "Up".

Om(elete): "Up" não traz um enredo exatamente ordinário quando pensamos numa animação da Pixar. O herói é um senhor idoso que vai parar na Amazônia a bordo de uma casa flutuante.

Pete: De fato, houve alguns momentos na construção deste filme em que pensamos: "será que a gente está indo um pouco longe demais"? E, cá entre nós, deixamos de lado algumas ideias que pareceram ser exageradas demais. Mas propositadamente decidimos que a primeira parte do filme seria bem emocional mesmo. Daí o filme continua, fazendo mais sentido.

Om: E por que um herói em idade tão avançada?

Pete: É que ele pareceu ser tão engraçado! Sentei com o Bob (Peterson - codiretor) em uma sala e começamos a pensar no que nos interessaríamos em fazer agora. E um senhor idoso ranzinza nos pareceu algo sensacional. Pensamos nos desenhos de George Booth para a New Yorker, em Spencer Tracy e Walter Matthau. E, para nós, é fundamental tentar fazer algo que nunca fizemos antes.

Om: Onde exatamente o Carl Fredricksen e o menino Russell descem depois da viagem com a casa flutuante?

Pete: Nas montanhas do imenso platô na fronteira entre o Brasil, a Venezuela e a Guiana. Claro, tudo é ficcional, mas passamos por lá com uma equipe, andamos, vimos cachoeiras, nos inspiramos. Foi sensacional.

Om: E por que o Brasil e logo nas imediações de Roraima, uma área pouco conhecida até para os brasileiros?

Pete: É que precisávamos que Carl estivesse em um lugar em que ele não pudesse contar com o auxílio de ninguém, a não ser uma criança, que o ajudaria a se transformar. No início pensei numa ilha perdida no Pacífico Sul, mas achei que era uma idéia batida. E a ilha no céu de Roraima foi a resposta perfeita. É um lugar de extrema solidão. Até os dias de hoje, mais de 100 montanhas da região jamais foram exploradas. Foi o cenário para uma aventura famosa de Sherlock Holmes, imaginada por sir Arthur Conan Doyle e há aquela sensação de "huum... talvez até os dinossauros ainda estejam por aqui". As rochas lembram imagens de Marte. É inacreditável.

Om: Há uma clara mensagem de proteção dos animais e do meio-ambiente no filme. E como ele é passado na Amazônia...

Pete: Não! Juro que evitamos qualquer mensagem ou tentativa de pregar algo sobre a proteção da Amazônia. É a última coisa que queríamos fazer, juro! Focamos na força emocional e visual daquela área. Só isso.

Om: Então, se você pudesse sintetizar a mensagem do filme, qual seria?

Pete: A transformação deste homem, Carl Fredrickson, que não sabia que já havia realizado a grande aventura de sua vida: a relação de amor com a mulher que ele escolheu, e por quem ele foi escolhido.

Om: Pensei em filmes como O Mágico de Oz ao ver a casa viando. Vocês se inspiraram em algum clássico?

Pete: Não mesmo. Acho que a platéia inconscientemente faz as ligações, mas nós tentamos fazer algo completamente original, o mais distante possível dos clássicos.

Om: Vocês não contam com nomes famosos, mas as vozes funcionam com perfeição. Como encontraram o Russell ideal?

Pete: Foi uma história engraçada. Nós testamos pelo menos 40 meninos. E os atores não eram ideais, eram quase muito "atores" pro papel, sabe? E um dos meninos que veio para o teste trouxe o irmão como acompanhante. Ele começou a falar de suas aulas de futebol no microfone naturalmente, não parava de falar, e pensamos: ele é o Russell! O Jordan (Nagai) não é um ator profissional, mas trazia esta autenticidade que estávamos procurando para o papel.

Om: Uma dos aspectos mais engraçados do desenho é a voz malvada do cachorro. Qual foi sua inspiração?

Pete: Quando criança a gente adorava pegar os discos e tocar na vitrola em rotação diferente da original. Era hilário! Seria algo como um Darth Vader com uma voz falha (risos).

Om: No ano passado nós tivemos a história do padre brasileiro que morreu depois de tentar viajar um trecho de longa distância usando balões de encher. Vocês temem algum tipo de reação do público brasileiro?

Pete: Por favor, gente, não tentem isso em casa! (risos). Já estávamos no fim do filme quando a tragédia aconteceu, mas este tipo de situação não é exclusiva do Brasil. Tem um cara que eu conheço que todos os anos coloca balões numa cadeira e já conseguiu viajar por cinco ou seis vezes. Mas não sei como será a reação no Brasil. Para a casa, seriam 10 mil balões, fizemos a conta! (risos).